domingo, 27 de fevereiro de 2011
sábado, 26 de fevereiro de 2011
Postre/sobremesa do fim de semana: Torta do quintal chapadense
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
O Santo Guerreiro e o Herói Desajustado
Acho cada vez mais difícil fazer odes a qualquer coisa sem cair numa breguice chata. Odes, já ensinou o Mário de Andrade, são boas mesmo quando falam mal, quando criticam, enfim, quando não são odes. Essa deve ter sido a premissa da Cia. São Jorge de Variedades ao começar a pesquisa de seu último trabalho: O Santo Guerreiro e o Herói Desajustado.
O primeiro é o guerreiro que monta o cavalo e luta com o dragão, Ogum para alguns, é personagem de um dos episódios do Mundo da Lua de Lucas Silva e Silva e está no nome e no sangue da Companhia. São Jorge está lá para apresentar o segundo, o fidalgo mais conhecido da literatura mundial, que enxerga o mundo sem o feitiço cotidiano: Dom Quixote. Ele veio parar na praça da República, pra mostrar tudo o que terá de enfrentar por sua honra de cavaleiro e seu amor por Dulcinéia.
Olha, eu já tinha pensado na Dulcinéia de tudo quanto era jeito: feia, bonita, alta, magra, desdentada, esquelética, homem, sapatona, prostituta, inconsciente coletivo, mas nunca, nem nos meus mais profundos delírios de ácido eu diria que Dulcinéia é São Paulo. Por isso existe o trabalho desse grupo: ressignificar Dulcinéia e São Paulo, como uma coisa só.
Este Dom Quixote passa toda sua trajetória procurando por uma Dulcinéia que vai se revelando cheia de moradores de rua, motoboys, camelôs, cheiradores de cola, madames com poodles e, óbvio, ele enfrentará os famosos moinhos de vento. Aqui, Dulcinéia é poluída, problemática, mas nem por isso faz perder a paixão que todo paulistano tem em organizar a vida no amor e ódio diário por essa cidade doida. Aqui está a Ode. Não há como falar de São Paulo com mais um seriado da Globo. Eu não vou assistir e quem for vai achar chato ou pelo menos repetitivo. São Paulo é revelada das entranhas quando um grupo resolve apresentar seu espetáculo na Praça da República, uma homenagem torta, um personagem torto, como nós, que procuramos uma beleza que cada vez fica mais difícil de encontrar.
Não tenho a menor dúvida de que esta peça será resenhada diversas vezes, assim como já foi noticiada em toda imprensa paulistana, por isso vou me ater a uma única história que aconteceu no dia em que assisti. Sentada ao meu lado, estava uma moradora de rua que não parava de falar ao longo de todo o espetáculo. Em dado momento, ela saiu e foi buscar um “trago”. Quixote, já nos seus delírios finais clama por Dulcinéia, e eis que ela é personificada por essa moradora, que ressurge, entra em cena sem ser chamada e afirma, cara a cara com o fidalgo: “Eu sou Dulcinéia!”. Quixote desconcertado não quer enxergar a verdade, mas ela insiste “Eu tomei um pouco de Sol, mas sou eu”. E a partir daí ela fará dupla com Sancho Pança, seguirá na procissão e dará a impressão de que tinha sido contratada. Claro que não, aquilo é simplesmente um dos fatos que faz deste dia de apresentação, como todos os outros, plenamente único.
Afirmando o movimento dos grupos, que é o legado mais importante do teatro dessa cidade, os integrantes da Cia São Jorge de Variedades produzem um espetáculo profundamente macro e micro-político, sem serem panfletários e chatos. Uma experiência emocionante (no sentido menos piegas da palavra), daquelas pra se guardar no canto mais gostoso da memória de todos aqueles que acordam, andam, vivem, choram e fazem odes diárias a São Paulo.
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
ALBONDIGAS DE CARNE CON TOMATE...... HUMMMMMM
Dificultad: Fácil Preparación: 45min.
Vegetariana: No Calorías: sustituir la carne por proteína de soya
Ingredientes para 4 personas:
•4 cucharadas de aceite
•400 ccs de agua
•2 dientes de ajo
•2 hebrass de azafrán
•500 gramos de carne picada
•20 gramos de cebolla
•80 gramos de harina
•1 huevo
•6 cucharadas de pan rallado
•1 pizca de perejil
•1 pizca de sal
•120 ccs de vino blanco
Se pone en un bol la carne picada con ajo, perejil, huevo batido, el pan rallado y la sal y se amasa.
Se hacen las bolas con las manos y se les pasa por la harina y se echan en una sartén con el aceite caliente. Se frien....
LUA CHEIA..... AMIGOS.... CLIENTES...
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
EL AZAFRAN - AÇAFRAO SEMPRE PRESENTE EM NOSSOS PRATOS
O açafrão é extraído dos estigmas de flores de uma variedade de Crocus sativus, uma planta da família das Iridáceas. É utilizado desde a Antiguidade como especiaria, principalmente na culinária mediterrânica, região de onde a variedade é originária, normalmente em risotos, caldos e massas. Na Espanha, é item essencial à paella.
É, atualmente, a especiaria mais cara do mundo, uma vez que para a preparação de um quilo são processadas manualmente cerca de 100 mil flores da planta, para a retirada de seus estigmas.
Características
Planta herbácea, bulbosa. Folhas compridas, arroxeadas. Flor amarela ou vermelha. Os estigmas dessecados fornecem o “açafrão” conhecido no comércio, e que é uma matéria amarela usada como corante e condimento.
Uso doméstico
É utilizado para dar uma coloração amarelada ao arroz e em sopas e massas e na indústria alimentícia como condimento, corante natural e aromatizante. Usada principalmente na elaboração de risotos, paella, sopa de peixe e bacalhau à espanhola.
Uso medicinal
Os estigmas encerram propriedades emenagogas, antiespasmódicas, eupépticas, sedativas. São empregados nos casos de asma, coqueluche, histeria, bem como contra os cálculos dos rins, do fígado e da bexiga. Oito a dez estigmas, em infusão, são suficientes para um chá. Para combater as hemorróidas, aplicam-se cataplasmas quentes, preparados com o infuso desta planta (três gramas para uma xícara de água). Consumo desaconselhável para mulheres grávidas.
Dicas de Cultivo
Prefere solos argilo-arenosos e férteis, porém propaga-se em diversos tipos de solo. Necessita de meia-sombra ou iluminação plena. O plantio pode ser feito por sementes (importadas) em sementeiras devem ser transplantadas quando tiverem em torno de 10 a 15 cm de altura. Pode-se também propaga-la por meio de estacas ou divisão de touceiras (na primavera ou outono). A colheita é feita após 2 anos, na floração.
Princípios Ativos
Princípios amargos (crocina e picrocina) e 1 óleo essencial.
Propriedades
É digestivo, aperitivo, carminativo, antiespasmódico e emenagogo.
Indicações
Combate a tosse causada pela bronquite crônica, ansiedade, insônia.
Toxicologia
Em doses altas é tóxico, abortivo e produz graves transtornos nervosos e renais.
Retorna
Crocus sativus
É o açafrão verdadeiro, uma planta caríssima, pois, para termos 1 quilo, precisamos de 100 mil flores. Usado há séculos em molhos, arroz e aves.
História´
É pelo menos tão antigo como a escrita, conforme consta de registos de tempos muito anteriores à nossa era. Da China ao Egipto, da Grécia a Roma, o açafrão sempre foi apreciado pelo seu aroma requintado e propriedades medicinais. Talvez por isso não deva estranhar-se que esta especiaria seja a mais cara do mundo
Zeus, deus dos deuses da antiga Grécia, dominado por insaciáveis apetites sexuais, chegou a dormir num colchão forrado com açafrão, na esperança de que a odorífera planta lhe exaltasse as paixões. Até porque, desde que a planta era planta, ou seja, desde o dia em que nascera, fruto do sangue derramado do jovem Crocus, assassinado involuntariamente por Hermes, deus do comércio e dos ladrões, que as suas virtudes corriam o Olimpo.
Uma trágica origem para o «crocus sativus», a bela planta bulbosa da família das iridáceas, também designada por açafroeira ou açaflor, de flor lilás, cujos estigmas, finíssimos e de cor vermelha, e parte dos estiletes dão uma especiaria preciosa - a mais cara do mundo - de perfume e sabor requintados, utilizada também, desde tempos remotos, como remédio e pigmento. Por fatalidade ou não, o certo é que Henrique VIII, apreciador da especiaria, mas acima de tudo da ordem no seu reino, mandava para a forca quem fosse apanhado a falsificar açafrão. Uma ideia que já não era nova, uma vez que na poderosa Nuremberga do século XV, castigava-se na fogueira os que obtinham dividendos com a venda da especiaria adulterada. Como é óbvio, hoje já não há penas capitais para quem cai na tentação de vender «gato por lebre», mas as imitações estão mais vivas do que nunca, prova de que o açafrão, talvez por ser tão caro, continua a ser desconhecido para a maioria dos consumidores.
Embora não sendo uma especiaria emblemática de nenhuma receita tradicional portuguesa, como o é da paelha, do «risotto» à milanesa, da «bouillabaisse» (equivalente francesa da nossa caldeirada de peixe) ou dos bolos de açafrão, muito populares nos países nórdicos, o açafrão está presente em várias receitas de arroz, de fogaças e sobretudo na sopa de peixe. No entanto, não há registos do seu cultivo em Portugal, embora o primeiro produtor mundial seja Espanha, nomeadamente a região da Mancha. França, na região do Vaucluse, Grécia e Itália, com climas semelhantes ao nosso, também cultivam açafrão.
Aqui, confunde-se frequentemente açafrão com curcuma, conhecida por açafrão-das-Índias, produto que se popularizou nos últimos 30 anos, à venda em todos os supermercados por um preço irrisório, quando comparado com o do açafrão - este apenas é vendido em mercearias finas e em alguns hipermercados.
Enquanto uma embalagem de 50 gramas de curcuma, que só tem em comum com o açafrão a cor amarela, custa cerca de 170$00, uma embalagem de 0,5 gramas de açafrão em rama custa aproximadamente 500$00.
Um frasco de 0,3 gramas de açafrão em pó, contendo três cápsulas de 0,1 grama cada - quantidade indicada para uma paelha de quatro pessoas - custa cerca de 300$00. Ou seja, enquanto 50 gramas de curcuma custam 170$00, 50 gramas de açafrão custam cerca de 45 contos. Nos Açores usa-se ainda um outro produto de baixa qualidade: a açafroa ou cártamo, da qual também é extraído um óleo.
Maria de Lourdes Modesto, autora do livro «Cozinha Tradicional Portuguesa», é uma admiradora incondicional do açafrão, mas afirma que tem uma guerra com ele: «É pena que um produto tão importante dê azo a tanta confusão, o que resulta numa enormíssima aldrabice», referindo-se à curcuma e às falsificações de produtos rotulados como açafrão.
Não o dispensa na sopa de peixe, mas assegura que é no Minho que ele é mais usado - pratos de arroz sobretudo - «talvez pela influência da Galiza».
Se se pensar que são necessárias mais de 200 mil flores para se obter 1 kg de açafrão e que a colheita, efetuada entre Outubro e Novembro, é inteiramente feita à mão, o mesmo acontecendo com a monda (operação que consiste em separar os estigmas da flor), percebe-se por que motivo os preços do açafrão são muitas vezes comparados aos do ouro.
Houve até épocas em que os dois produtos tiveram preços idênticos. Além disso, a própria plantação dos bolbos, nos meses de Junho e Julho, é igualmente feita à mão. Uma vez abertas, as flores devem ficar o mínimo tempo possível no caule - uma flor murcha perde aroma e sabor - pelo que são necessárias várias pessoas para vigiar os campos. O ouro vermelho, como é designado, não nasceu de uma briga entre divindades gregas mas talvez na península balcânica ou na Ásia Menor, numa época muito anterior à era cristã.
Deve o seu nome à palavra árabe «az-za'afran» - em latim medieval evoluiu para «safranum» - e foi precisamente pela via árabe que o açafrão penetrou na Península Ibérica.
Os árabes tanto utilizavam o açafrão na cozinha - ainda hoje tomam café com cardamomo e açafrão - como na medicina, graças às suas propriedades anestésicas e anti-espasmódicas. Mas uma das primeiras referências históricas provém de um texto egípcio escrito cerca de 1500 a.C., que refere o cultivo de açafrão em Luxor.
Não deve pois andar longe da verdade a história segundo a qual Cleópatra utilizava a essência de açafrão para seduzir.
Sabe-se, por exemplo, que os fenícios tinham a tradição de passar a noite de núpcias em lençóis coloridos com açafrão e que os gregos antigos, além de o utilizarem para combater as insónias e curar as ressacas, o consideravam um afrodisíaco poderoso, quando misturado no banho.
Hipócrates, o pai da medicina, descreve-o como um medicamento e Celsus, na Roma pré-cristã, utilizava o açafrão na composição de vários medicamentos contra as dores, a letargia, as cataratas e os venenos.
Uma referência ainda mais distante, um livro de medicina chinesa datado de 2600 a.C., considera o açafrão um fortificante e estimulante sexual.
É no século X que os árabes introduzem o cultivo da planta em Espanha. Hoje, o país produz mais de dez toneladas, das quais apenas um quarto se destina ao consumo interno. Existe produção nas ilhas Baleares e na Andaluzia, mas é na região da Mancha - Albacete, Ciudad Real, Toledo e Cuenca - que se concentra o grosso da atividade, num total de 1500 hectares. Foi durante as Cruzadas que o cultivo se disseminou pela Europa, chegando mesmo a Inglaterra, nomeadamente à cidade de Walden, para onde foi levado no século XIV por um peregrino que regressou da Terra Santa com alguns bolbos escondidos na algibeira.
Certo é que a planta vingou e anos depois já os seus descendentes forneciam açafrão para as padarias e pastelarias, bem como para as fábricas de tecidos, que o utilizavam como pigmento. A cidade, situada a sudeste de Cambridge, foi mais tarde rebaptizada de Saffron Walden, em homenagem a esse episódio passado.
Durante o Renascimento, é Veneza que comanda os destinos do açafrão, mas nos séculos subsequentes as fraudes eram tão frequentes que perdeu prestígio.
Só depois da II Guerra, com o incremento do turismo e a globalização dos hábitos, o açafrão reconquistou o seu lugar na culinária dos países não produtores.
Mas a prática de adulteração deve ser tão antiga como a própria planta. Hoje, o truque mais frequente consiste em adicionar uma parte dos estames amarelos, que são apenas colorantes, flores de cártamo ou corantes artificiais. Para aumentar o peso, os falsificadores humedecem o açafrão com xarope, mel, glicerina e gorduras por vezes difíceis de identificar.
A maioria dos especialistas considera o açafrão espanhol o melhor do mundo, embora sejam feitas referências elogiosas ao açafrão grego, italiano e iraniano.
Em Caxemira, na Índia, também se produz açafrão, mas de qualidade inferior. Maria de Lourdes Modesto prefere o produto espanhol, mas alerta para a necessidade de se utilizar este condimento «sem exageros».
É tão forte que bastam uns pozinhos ou dois ou três filamentos, dissolvidos em água, para aromatizar e colorir um prato. Tem um sabor difícil de definir: ligeiramente acre, quente, como muitas especiarias orientais, e fresco, como se proviesse do mar. «Sabe-me vagamente a fénico», afirma Maria de Lourdes. «Por isso é que raramente condimenta carnes.» Acrescenta ainda que o tomate, o anis, a salva, o pimentão e o caldo de crustáceos são bons companheiros desta especiaria.
Escolher o melhor açafrão pode dar muitas dores de cabeça, mas não será caso para acreditar em Alexandre Dumas que, horrorizado com o seu aroma penetrante, pensou que podia causar cefaleias gravíssimas ou até a morte.
Quem prova açafrão uma vez pode morrer, não da ingestão, mas de prazer.
Fonte: www.herbario.com.br
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
MUCHAS GRACIAS A TODOS !!!
Assinar:
Postagens (Atom)