domingo, 30 de janeiro de 2011

A GRANDE DIVERSIDADE NA GASTRONOMIA ESPANHOLA











A grande diversidade da cozinha espanhola é a marca inconfundível de sua gastronomia.

O mar Cantábrico oferece excelentes peixes e crustáceos. Os vales e as várzeas dos rios dão lugar a hortas que produzem legumes famosos como o feijão de Tolosa e o de Guernica, o feijão-preto e a fava asturiana, origem da favada.

Há ainda um variado cultivo de produtos como o repolho, a abóbora, o alho-poró, o milho e as batatas, como a cachelo , da Galícia. São ainda destaques os pimentões de Guernica e de Padrón. Os vales da cordilheira Cantábrica acolhem uma grande criação de gado bovino, de onde se originam carnes de qualidade, queijos e outros laticínios.

Junto às águas do Mediterrâneo, surgem quatro grandes cozinhas.

A culinária da Catalunha, de Valência, de Múrcia e das Ilhas Baleares, onde combinam-se mariscos com verduras, legumes com peixes. Na Catalunha, encontram-se duas das quatro denominações de origem que regulam os azeites espanhóis: Borges Blancas e Siurana.

Na montanha, encontraremos trufas, cogumelos e o arroz molhado com vinho tinto bem encorpado. Nas Ilhas Baleares, desponta uma cozinha com traços medievais, no barroquismo de pratos com especiarias, em que o doce, a canela e os frutos secos têm grande importância.

Há ensopados feitos com lagosta, com o raó (pequeno peixe de sabor sublime), ou com os lagostins reais de Menorca. Embutidos, ensopados de legumes e sopas também caracterizam, como tipicamente camponesa, a cozinha das Ilhas Baleares.

Das várzeas de Córdoba, Sevilha ou Granada, vêm os ingredientes de alguns dos pratos mais famosos da cozinha andaluza: o gaspacho, o salmorejo (molho feito de água, vinagre, azeite, sal e pimenta), o ajoblanco (uma sopa fria de amêndoas e alho) ou o pisto (omelete de pimentões e tomates mexidos).

Cordeiros recém-nascidos, cabritos ou crias são as preferências de um culto que se estende de norte a sul. Nas pastagens de Salamanca, se cria o porco ibérico, que abastece o mercado com carnes de singular qualidade, como rins, pernis e lombo, além de presuntos, salsichas e chouriços espanhóis.

Outro destaque da culinária da Espanha é o arroz. Distinguem-se, no mercado espanhol, três variedades: o bomba (semelhante ao arbóreo), o senia e o bahia. São eles matéria-prima para preparações como arrozes negros catalões, arroz seco como na paella, arroz molhadinho, arrozes simples, guisados ou o arroz brut. Destaca-se ainda a paella valenciana, mundialmente famosa.

Independentemente de suas especialidades, como o cocido madrileño ou as tripas, a cozinha da capital Madri fecha o ciclo. Ela é, definitivamente, o resultado de uma fusão de produtos e receitas que vão chegando de todo o país e deixando, a cada prato, o rastro de seu inconfundível sabor.

Nova cozinha espanhola
A paella é, sem dúvida, a mais conhecida e celebrada de todas as receitas espanholas.

Mas há outros pratos igualmente reverenciados neste país rico em carnes, frutos do mar e doces. São produtos de uma culinária simples, mas que hoje vive a chamada "Nueva Cocina Española", cujo esforço está em oferecer requinte e experiências inovadoras ao que já é tradicional.

Tão reverenciados quanto a paella são as "Patatas a la importancia", os "Bolinhos natalinos de peru", as "Lulas recheadas" e o "Arroz negro com lulas", especialidades comuns em todo o litoral Mediterrâneo.

As sobremesas, por sua vez, pedem considerações especiais, já que os postres --como são chamadas por toda Espanha, são as principais estrelas da confeitaria. O "Toucinho do céu", as "Maçãs assadas", o "Arroz doce", o "Queijo ricota com mel e castanhas" e a famosíssima "Crema catalana" estão entre os destaques doces.

Há ainda de se falar da herança árabe na cozinha espanhola.

É deste caldeirão mouro que surge a famosa "Torta folhada de Múrcia", tipo de empadão recheado com carnes diversas.

Viajando para Castela e Leão, no coração da Península Ibérica, percebe-se a presença marcante dos assados. É uma região rica em carnes suína e ovina, mas também de animais de caça. Destes lugares destacamos o "Lechazo al horno".

De toda as cozinhas do país, a que oferece maior variedade em seus cardápios é a da Andaluzia. Única região em todo território espanhol banhada tanto pelo Atlântico quanto pelo Mediterrâneo, o litoral andaluz oferece a "sopa marítima de Almería", que traz entre os seus ingredientes tamboril, camarões, pimentões vermelhos e ervilhas.

A indústria de carnes também é próspera na região, onde há predominância do rebanho suíno e seus derivados --as lingüiças, os presuntos, os lombos e as paletas. Mas a carne bovina também tem seu lugar de destaque em várias receitas andaluzas.

Entre elas, há a apreciada "Rabo de Toro", muito próxima da rabada que conhecemos.

Para finalizar, o símbolo principal da gastronomia espanhola: o azeite de oliva. Líder mundial na exportação do produto, o país tem também na Andaluzia o maior foco de contribuição para essa posição de destaque, com 80% da produção do azeite no país saindo da região.

A culinária espanhola é composta de diferentes tipos de pratos devido à sua grande variedade geográfica, cultural e climática.

A comida espanhola é fortemente influenciada pela variadade de frutos do mar disponíveis nas águas em volta do país, sendo a Espanha o segundo maior (depois do Japão) consumidor de peixes.

Como a Espanha tem uma história com muitas influências culturais, a riqueza e variedade da sua comida é impressionante. Muito da influência na culinária espanhola vem das tradições judaicas e mouras.

Sendo a Espanha a porta de entrada para a introdução de vários produtos originários das Américas, sua culinária não poderia passar sem batata, tomate, pimenta e feijão.

Essas são as principais influências que separam a comida espanhola da mediterrânea, as quais têm muitos alimentos e técnicas de cozinha em comum.

Um hábito popular quando os espanhóis saem para comer fora é saborear "tapas" com sua bebida. Outro favorito tradicional é o churro com uma caneca de chocolate quente para molhá-lo.

Outros pratos típicos da culinária da Espanha incluem:

Paella
Fabada Asturiana
Mariscos
Sopa Gazpacho
Lechazo asado
Chuletillas
Tortilla de patatas (omelete com batatas)
Chorizo (salsicha picante)
Jamón serrano (presunto defumado)
Cocido
Arroz a la Cubana
Turrón
Tortas de Aceite de Sevilha

A cozinha espanhola é compostas por muitos pratos picantes e saborosos.

Assim como em muitos países da região mediterrânea, a cozinha espanhola utiliza muito azeite de oliva e alho.

O uso do azeite, não apenas como tempero para alimentos prontos, mas também para frituras dos cozidos, é um hábito fortemente espanhol.

Um hábito espanhol, também, é tirar uma "siesta" depois das refeições. Outro produto muito apreciado na Espanha é o vinho, que acompanha as refeições.

Internacionalmente, a paella, que consiste em um farto risoto de frutos do mar, é o prato mais conhecido e o jamón (Presunto cru ou "di Parma") uma das principais iguarias.

Gastronomia mediterrânea ajuda a prevenir doenças do coração e câncer











Uma alimentação saudável não cura uma doença, mas certamente ajuda a reduzir a possibilidade de contraí-la. Você acreditaria que uma dieta na qual pode-se comer pão, queijo, carnes, ovos e ainda por cima beber vinho todos os dias ajuda a prevenir doenças do coração, os cânceres de cólon e de seios, mantém baixos os níveis de colesterol e controla o seu peso?

Sim, ela existe, e há mais de quatro mil anos, na região do Mediterrâneo. Um prato típico desta culinária pode conter apenas 8% de gordura contra 25% ou até 35% nas refeições comumente consumidas em outros países ocidentais e do Leste Europeu . "A grande vantagem da dieta mediterrânea é que ela tem baixos níveis de gordura saturada, isto é, carece de carnes vermelhas e produtos lácteos gordurosos", afirma Maria Lúcia Garcia, presidente da Associação Paulista de Nutrição (Apan). Na representação da pirâmide nutricional da dieta (veja abaixo), as carnes estão no topo, o que significa que seguidores desse regime alimentar consomem esporadicamente carnes, uma vez ao mês.

Quanto ao clichê de que o consumo diário de pães e massas engorda, alimentos básicos na gastronomia mediterrânea, Garcia contesta: "pão e massas provêem de cereais, ricos em carboidratos, e não de gorduras animais". Cada grama consumida de proteína produz quatro gramas de calorias, enquanto que cada grama ingerida de gordura transforma-se em nove de calorias. "As massas são imprescindíveis porque fornecem bastante energia ao corpo, com baixa caloria. Nosso organismo necessita de 60% de energia, que vem na forma de hidratos de carbono presentes em massas e pães", acrescenta Garcia.

Os pilares que sustentam os benefícios da dieta mediterrânea são o azeite de oliva, o trigo, as verduras e os legumes. O consumo de azeite de oliva, por exemplo, que é um ácido gorduroso monoinsaturado, normaliza a taxa de colesterol no sangue, e, por consequência, inibe a formação da placas de gordura nas cavidades arteriais, o que reduz o risco do aparecimento de alguma doença cardiovascular.

Alguns ingredientes típicos da região do Mediterrâneo são importados pelo Brasil, mas aqui têm um preço elevado. Garcia sugere, por exemplo, que o azeite de oliva seja substituído por óleos de canola e girassol, que carecem de gordura saturada como o azeite.

Queijos e iogurtes devem ser consumidos à vontade, mas não todos os tipos. "É preferível comer queijos magros, como a ricota, que tem pouca gordura", afirma Garcia. Quanto à carne de porco, vale o mesmo princípio da vermelha: ingeri-la esporadicamente "e, de preferência, partes com poucas gorduras, como o lombo ou o filé mignon", afirma Garcia. O vinho tinto, que traz benefícios na circulação do sangue e é um dilatador cardiovascular, deve ser consumido diariamente com moderação, como acompanhamento das refeições.

A presidente da APAN diz que seria "bastante benéfico para o país que a nossa alimentação fosse inspirada na dieta mediterrânea". O hábito alimentar do brasileiro, centrado no consumo quase diário de carne vermelha, ganharia em qualidade e economia. "Diante das dificuldades econômicas que a população passa no dia-a-dia, a troca de carnes de vaca e de porco por galinha e peixe seria benéfica para a saúde", conclui.

Estudos na Universidade de Bordeaux, na França, em 1997, provaram que a alimentação com base na dieta mediterrânea pode prevenir em até 70% o risco de um segundo ataque cardíaco. O trabalho com 600 pacientes concluiu que a dieta é muito mais eficiente do que uma dieta considerada convencional na prevenção de ataque cardíaco e morte após um primeiro infarto.

A dieta convencional é rica em ácido linoléico (uma gordura poliinsaturada presente nos óleos vegetais de milho, soja, girassol e margarinas) e a dieta mediterrânea tem mais ácido oléico (gordura monoinsaturada presente no azeite de oliva e no óleo de canola).

Os pacientes que se alimentaram por meio da dieta mediterrânea por 27 meses tiveram uma incidência de infarto e morte 73% menor do que os que receberam a dieta convencional. O efeito protetor começa a ser observado dois meses após o início da dieta, o que sugere um efeito de prevenção na formação de trombos (coágulos) que bloqueiam totalmente a coronária.

Em outras pesquisas, tanto os ácidos graxos ômega 3, como os folatos, antioxidantes, proteínas vegetais e outras substâncias, presentes nos peixes, legumes, frutas e cereais, indicaram redução dos níveis de colesterol.

A Associação Americana de Cardiologia, porém, reconhece que a incidência de doenças cardíacas na região do Mediterrâneo é menor do que nos EUA, mas que outros fatores, como o estilo de vida, têm de ser levados em conta na análise de seus benefícios à saúde.

A DIETA MEDITERRÂNEA: CONHECIDA COMO A MAIS SAUDÁVEL DO MUNDO






Desde os anos 1950, os profissionais de saúde têm estudado as dietas dos povos mediterrâneos. Os gregos, particularmente os de Creta, tinham a maior expectativa de vida no mundo até 1960, seguido pela população do Sul da Itália, Espanha e França. Os aspectos importantes da dieta mediterrânea são a alta ingestão de cereais, grãos, hortaliças, leguminosas secas, azeite de oliva, alho, ervas frescas, frutos do mar e frutas. O vinho é consumido com a alimentação em moderação. Carne e aves são também consumidos com moderação. As gorduras animais na forma de manteiga, creme ou toucinho, não são incluídas na dieta.
Muito da alimentação atual do Mediterrâneo pode ser rastreada dos tempos antigos. A área que compreende o Mediterrâneo consiste em 3 continentes e mais de 15 paises. Alguns dos paises que influenciam a dieta mediterrânea são: Portugal, o sul da Espanha, o sul da França, o sul da Itália, Grécia, Creta, sul da Turquia, Síria ocidental, Líbano ocidental, Israel ocidental, norte do Egito, norte da Líbia, norte da Algéria e do Marrocos.
Foi nas costas do Mediterrâneo que a Civilização Ocidental começou. A oliveira, trigo, frutos do mar e carnes eram realçados pelas especiarias árabes do Leste. Diz-se que os árabes tiveram grande influência na Dieta Mediterrânea, trazendo nozes, açafrão, arroz, espinafre, açúcar de cana e laranjas à região. É lógico que cada país tem a sua própria maneira de prepará-los, tendo adaptado os ingredientes ao sabor local. Mas o que se pode perceber é que existe um consumo comum dos mesmos ingredientes, e até mesmo
na cocção. O resultado é bastante promissor, pois embora consumam mais do que as taxas preconizadas para o índice de gordura diária, a saúde de seus longevos, com atividades normais em idades avançadas, faz com que paremos para pensar nos parâmetros que regem a atual dieta ocidental.
A maioria das suas receitas consiste em ingredientes naturais e saudáveis. Uma melhor compreensão da alimentação mediterrânea pode tornar nossas dietas mais saborosas, desfrutáveis e saudáveis, tirando a conotação de que uma dieta tem de ser insossa e monótona.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

CELEBRIDADES... É O QUE NAO FALTA





NÓS DO DON QVIXOTE TEMOS MUITA SORTE !!!
NOSSOS CLIENTES,
AMIGOS,
CELEBRIDADES,
EM SUA TOTALIDADE,
SAO PESSOAS QUE ACRESCENTAM.
AGRADECEMOS A
PRESENÇA,
PREFERENCIA,
CARINHO,
CONVERSAS,
ETC, ETC, ETC
MUITO OBRIGADA A TODOS!!!

HARIBU HUMMMMM




Docinhos nutritivos, saudáveis e uma delicia !!!
Receita da familia Mato de Minas ....
Saudades imensas !!!!

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

COMEÇAMOS O ANO BEM....






MÚSICA, DANÇA, POESIA,BOA COMIDA, BOM VINHO.....
AGRADECEMOS AOS AMIGOS QUERIDOS ...

AMIGOS, CLIENTES, CELEBRIDADES EM FIESTAS...






Agradecemos pela presença iluminada....
FOI UMA DELICIA COMPARTILHAR COM VOCÊS...
Obrigaduuuuuuuu

DIA DOS REIS MAGOS NA ESPAÑA






Na Espanha, no dia 6 de janeiro há desfiles com reis magos em todo o País. De suas carruagens, eles jogam balas e doces para as crianças. Também é neste dia que as crianças recebem presentes, que, acreditam, foram deixados pelos próprios reis durante a madrugada.
Das figuras bíblicas mais intimamente ligadas à tradição religiosa do povo destacam-se os Reis Magos, ou melhor, os Santos Reis uma vez que a hagiologia romana considera-os bem aventurados.
O simbolismo dos Reis Magos é amplo e emprestam-lhes os exegetas as mais diversas interpretações. Estão ligados intimamente às festas do Natal e deles nasceu, praticamente, a tradição do Papai Noel, pois os presentes dados nessa ocasião reproduzem que os magos do Oriente, depois de cumprida a rota que lhes indicava a estrela de Belém, prestaram a Jesus na gruta onde ele nascera.
As referências bíblicas são vagas e o episódio quase passa despercebido dos evangelistas, mas as contribuições da tradição patriática são muitas e, como elas têm força de fé e verdade, nelas devemos buscar grande parte das coisas que se contam dos santos Belchior, Gaspar e Baltazar já referidos pelos profetas do Velho Testamento, que vaticinavam a homenagem dos Reis ao humilde filho de Davi que deveria nascer em Belém.

De onde vieram e o que buscavam, pouca gente sabe. Vinham do Oriente e Baltazar, o mago negro talvez viesse de Sabá (terra misteriosa que seria o sul da Península Arábica ou, como querem os etíopes, a Abissínia). Simbolizam também as três unicas raças bíblicas, isso é, os semitas, jafetitas e camitas. Uma homenagem, pois, de todos os homens da Terra ao Rei dos Reis.

Eram magos, isto é, astrólogos e não feiticeiros. Naquele tempo a palavra mago tinha esse sentido, confundindo-se também com os termos sábio e filósofo.

Eles prescrutavam o firmamento e sentiram-se chocados com a presença de um novo astro e, cada um deles, deixando suas terras depois de consultar seus pergaminhos e papiros cheios de palavras mágicas e fórmulas secretas, teve a revelação de que havia nascido o novo Rei de Judá e, que ele, como soberano, deveria, também, prestar seu preito ao menino que seria o monarca de todos os povos, embora o seu Reino não fosse deste mundo.

O simbolismo dos presentes

Conta ainda a tradição que, ao chegar a Canaã, indagaram os Magos onde havia nascido o novo Rei de Judá. Essa pergunta preocupou Herodes, que hoje seria considerado um quisting a serviço dos romanos, e que reinava na Judéia.

Os representantes do Império preocupavam-se com o aparecimento de um novo lider do povo de Israel. A revolta dos macabeus ainda não fora esquecida e o povo oprimido esperava, ansioso, pela vinda do Messias que iria libertar o Povo de Deus e cumprir a palavra do salmista: "Disse o Senhor ao meu Senhor senta-te à minha direita até que ponho os teus amigos como escarbelo aos teus pés".

Os magos procuram conforme conselho de Herodes o novo Rei para render-lhe homenagem e para informar o representante romano do lugar onde nascera o Messias a fim de, com falso preito, sequestrá-lo.

No presépio encontramos apenas os animais e os pastores e, inspirados pelo Espírito Santo, curvaram-se diante do filho do carpinteiro de Nazaré e depositaram, ao pé da mangedoura que lhe servia de berço, os presentes: ouro, incenso e mirra, isto é prendas que simbolizavam a realeza, a divindade e a imortalidade do novo Rei, e grão de areia que cresceria e derrubaria o ídolo de pés de barro (simbolo das grandes potências que se sucederam no domínio do mundo), do sonho de Nabucodonosor decifrado pelo profeta Daniel.

Símbolos da humildade

Na tradição cristã os três Reis Magos simbolizavam os poderosos que deveriam curvar-se diante dos humildes na repetição real do canto da Virgem Maria à sua prima Isabel, e "Magnificat", pois sua alma rejubilava-se no Senhor, que exaltaria os pequenos de Israel e humilharia os poderosos.

A igreja cultua os Reis Magos dentro desse simbolismo. Representam os tronos, os potentados, os senhores da Terra que se curvara diante de Cristo, reconhecendo-lhe a divina realeza. É a busca dos poderosos que vêem em Belchior, Gaspar e Baltazar o exemplo de submissão aos designios de Deus e que devem, como os magos, despojar-se de seus bens e depositá-los aos pés dos demais seres humanos, partilhando sua fortuna como dignos despenseiros de Deus.

Os presentes de Natal também têm esse sentido. São as ofertas dos adultos à criança que com a sua pureza representa Jesus. Alguns, dão a essas festas um sentido mitológico pagão, buscando nas cerimônias dos druidas, dos germânicos ou saturnais romanas a pompa das festas natalinas que culminam com a Epifania.

A Bifana

A palavra epifania, usada também como nome de mulher, deu origem a uma corruptela dialetal do sul da Itália, levada depois a Portugal e Espanha, a Bifana. A Bifana, segundo a lenda, era uma velha que, no Dia de Reis , saía pelas ruas da cidades a entregar presentes aos meninos que tivessem sido bons durante o ano que findara. Estava intimamente ligada às tradições dos povos mediterrâneos e mais próxima do significado litúrgico das festas natalícias.

Os presentes eram somente dados no dia 6 de janeiro e nunca antes. Tanto assim é, que nós mesmos, no Brasil, na nossa infância, recebíamos os presentes nesse dia. Depois, com a influência francesa e inglesa em nossas tradições a Epifania ou Bifana foi substituída pelo Papai Noel, a quem muitos estudiosos atribuem uma origem pagã e outros, para disfarçar o sentido comercial da sua presença no dia de Natal, confundem com São Nicolau.

Hoje, o Santos Reis já não são lembrados. O presépio praticamente não existe e só neles é que podemos ver os Magos de Oriente apresentados. A árvore de Natal, pinheiro que os druidas e os feutos enfeitavam para agradar o terrível deus do inverno Hell, substituíria a representação do nascimento de Jesus, introduzida no costume dos povos por São Francisco de Assis.

A festa da Epifania, dia de guarda no calendário litúrgico, já não mais é respeitada e com ela desaparecerem outras tradições da nossa gente, trazidas da Peninsula Ibérica pelos nossos antepassados, como a folia de Reis, Reizados e tantos outros autos folclóricos, cultuados em poucas regiões do país.